JOÃO ANDREI DANTAS*
A primeira manifestação da Juventude (estudantil) ocorreu, por exemplo, em meados do século XVII, ainda na época do Brasil Colonial, quando algumas centenas de estudantes, armados com punhais e poucas armas de fogo, impediram a invasão francesa à cidade do Rio de Janeiro. Depois disso, houve uma grande e importante participação jovem na Inconfidência Mineira. Um pouco mais tarde, movimentos assinados por jovens recém-chegados da Europa, influenciaram positivamente na abolição da escravatura e na Proclamação da República.
Na década de 60 do século XX, entidades de Juventude (estudantis e juvenis) estiveram à frente da campanha "Petróleo é Nosso" e contra a ditadura militar interrompeu nossa democracia, nossos direitos civis, e também a vida de lideranças políticas jovens de como Edson Luís, Honestino Guimarães, Alexandre Vanucchi ente outros, que foram mortos nos porões da ditadura, lutando pela democracia do nosso país. Na década de 80 saímos às ruas à busca do direito ao voto para Presidente da República, na campanha das Diretas-Já. Em 1992, voltamos às ruas e pintamos os rostos pelo "impeachment" de Collor no movimento que ficou conhecido como os "Caras-Pintadas" que foram fundamentais para o resgate da soberania e da democracia do nosso povo.
Hoje, a juventude é a faixa etária com maior número de brasileiros (dados do IBGE) e precisa estar presente em todas as instâncias de necessidades da vida do povo para enfrentar os desafios sociais existentes e ter condições de criar bases para o desenvolvimento do país. Por isso, é fundamental que os jovens se organizem, participem diretamente da política e pratiquem a democracia participativa.
A inserção da juventude na Política é de extrema importância para renovar quadros, novas idéias e construir novos caminhos. A juventude não pode ficar omissa, tem que acreditar na força como instrumento de transformação. O jovem seja ele de ideologia política de direita ou esquerda não pode ficar ausente das discussões que envolvam o futuro, seja do município, estado e do país.
Os movimentos organizados de juventude junto a entidades representativas têm reivindicado a inclusão das políticas publicas de juventude isso nos planos nacional, estadual e municipal, tonto é que o Governo Federal reconhecendo a importância de um espaço para a elaboração e execução de políticas para a juventude, criou a Secretaria Nacional de Juventude e o Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE), que coordenam e/ou acompanham projetos bem-sucedidos como o PROJOVEM, PROUNI, Agente Jovem, Primeiro Emprego, entre outros. Esse esforço governamental aponta uma nova direção e um novo desafio para a juventude, que é a organização e a participação política dos jovens, nas demais esferas de poder, esperamos avançarmos tanto quando avançamos e conquistamos na esfera Federal. O Estado em particular o nosso (Paraíba), possui como ação própria a Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer, além do Conselho Estadual de Juventude, mas falta o principal as políticas públicas para a juventude entre elas a geração de emprego e renda. Na questão municipal existe apenas a execução das ações do Governo Federal; sendo que faltam as ações próprias do município. Nosso município é jovem e deve iniciar suas ações de quitação com sua juventude, dando como primeiro passo a criação do órgão municipal que trate das políticas públicas municipais para a juventude.
No exercício pleno da cidadania, a participação dos jovens amplia os espaços públicos, assim acabando com o individualismo na sociedade política. O eleitor cidadão jovem deve compreender que a política faz parte do nosso dia-a-dia e é fundamental para a sobrevivência da sociedade.
*João Andrei Dantas, historiador, professor da Rede Estadual de Ensino, Secretário de Organização do PT de Fagundes (Gestão 2009/2012). Foi Vice-Presidente e Presidente do Centro Acadêmico de História da UFCG, Ex-secretário Executivo da Câmara Municipal de Vereadores (2005/2006), Ex-coordenador de Esporte da Prefeitura de Fagundes (2006/2008).

Valeu Joquinha gostei do blog.
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