O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB), Antônio Arruda, declarou que o governador do estado, Ricardo Coutinho, incorporou gratificações aos salários dos professores para demonstrar à justiça que estava pagando aos profissionais de acordo com o novo piso salarial, previsto no Plano Nacional de Educação (PNE): “O governador fez uma ‘maquiagem’ para se justificar perante à justiça, incorporando as gratificações GED ou GEAP aos vencimentos, o que é proibido por decisão do Supremo Tribunal Federal”. A declaração foi feita à Assessoria de Imprensa do Partido dos Trabalhadores da Paraíba durante Audiência Pública do Plano Nacional de Educação ocorrida na manhã de hoje (dia 4), no auditório da Reitoria da UFPB.
Os professores do estado que estiveram em greve de 2 de maio até 2 de junho de 2011 para fazer cumprir a Lei 11.738, regulamentadora do piso salarial dos professores, e só suspenderam as atividades em virtude da decretação da ilegalidade da greve. No entanto, o Sintep já entrou com um recurso contra a decisão judicial que determinou a finalização da greve dos professores: “Entramos com a contestação da decisão monocrática do desembargador que obrigou a suspensão da greve, já levamos a documentação ao Ministério Público e estamos aguardando o acórdão do STF para irmos contra esse posicionamento do Governo do Estado”, afirma Arruda.
Apesar de declarada a ilegalidade da greve, a categoria dos professores continua mobilizada. No entanto, hoje à tarde, no programa de rádio Polêmica Paraíba, da Paraíba FM (101,7) o governador Ricardo Coutinho declarou que só normalizará o pagamento dos salários quando os dias sem aulas no estado por causa da greve, que durou 31 dias, forem repostos.
Da Redação
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