Por Janete Maracajá
Vejam só: depois de anos de corrida em busca do desenvolvimento e do
dinheiro, o mundo capitalista percebe que suas riquezas naturais -
garantia de sua riqueza econômica - está acabando... Imaginem!
É como se o padeiro descobrisse que ainda
tem fregueses em busca de pão quentinho, mas a farinha não vai dá, pois
as plantações de trigo já não produzem como antigamente. Afinal, o clima
não é o mesmo: a geada, a estiagem e as enchentes têm atrapalhado as
colheitas. O consumismo desenfreado levou o meio ambiente a um colapso.
Agora é correr pra reverter a história.
Entre a década de 80 e 90, o controle da
inflação proporcionou aos brasileiros a aquisição de muitos bens. Numa
casa ter uma televisão na sala e não ter uma no quarto era uma afronta
ao conforto. E por que não ter uma televisão também na cozinha?As
crianças pareciam viver num país aonde aconteceu a “invasão dos
brinquedos”. Bonecos e bonecas, carrinhos de fricção e controle remoto,
totalmente descartáveis.
Para alegria das mães surgiram as lojas de
1,99, disseminando a ideia de que, por ser tão barato, o produto não
precisaria ter qualidade. Ou seja, “não tem problema, é barato, a gente
compra outro”. E aí vieram as práticas sacolas plásticas, os
computadores, calculadoras, discman, walkman, compact disc, as garrafas
pet etc, tudo descartável.
Parecia perfeito. O brasileiro mesmo
considerado pobre podia ter em casa, no mínimo, uma televisão e
brinquedos importados para seus filhos. Ta certo! Só que na hora que
começou a quebrar, onde colocar todo esse lixo?
E agora, o que fazer?
As Organizações Não Governamentais (ONGs), em defesa do meio
ambiente, passaram a cobrar das autoridades governantes atitudes no
sentido de conter a degradação do meio ambiente. Ao mesmo tempo,
começaram a disseminar a ideia do ser “ecologicamente correto” e
divulgar estudos e dicas de como diminuir a produção de lixo.
No início da década de 90, os especialistas William Renes e Mathis
Wackernagel procuravam formas de medir a dimensão crescente das marcas
que deixamos no planeta, e criaram a pegada ecológica.
A pegada ecológica foi criada para ajudar o indivíduo a mensurar o
quanto de recursos naturais são necessários para sustentar o seu estilo
de vida.
Certamente, a importância de saber o peso da sua pegada é aliviar
esse peso e aumentar tamanho do seu passo em direção à sustentabilidade.
Mas a grande dificuldade ainda é largar o vício do consumismo. Pensar
em se ter apenas o que se realmente precisa não é tarefa muito fácil.
Afinal somos induzidos, diuturnamente a “ter”.
Para a World Wildlife Fund ou Fundo Mundial para a Natureza (WWF) ,
adotar estilos de vida mais equilibrados e amigáveis com o meio ambiente
é fundamental para o planeta.
Mudar hábitos, reduzir gastos, procurar produtos ecologicamente
correto, denunciar desperdícios, cobrar atitudes governamentais,
participar de alguma forma de movimentos contra a poluição, fazer coleta
seletiva de lixo, é dever de casa pra qualquer letrado.
Reflita: sustentabilidade tem a ver com inteligência, compromisso,
respeito ao próximo, consciência, jovialidade, moda, beleza, elegância e
principalmente amor à Deus.
Vamos nos preocupar em viver melhor e deixar um mundo melhor.
Faça sua parte!
Sobre Janete Maracajá
Formada em Administração com ênfase em Marketing na Faculdade
Evangélica, colaboradora do Núcleo de Produção e Divulgação do
Conhecimento - NPDC da Faculdade Senac de Brasília e editora do Blog
Direto ao Ponto.
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